
Assim como deve ser, assisti esse filme em 480p numa TV Box na casa da minha tia com um barulho infernal do lado. Do mesmo jeito que assisti o primeiro filme. Gosto muito dos Farofeiros por que acho que simboliza exatamente isso: uma comédia brasileira meio blockbuster meio baixo-orçamento que não foi feita pra assistir numa tela com mais de 12 polegadas e que tem como único propósito te fazer lembrar d'Aquela viagem feita com um parente meio [TRECHO CENSURADO].
Enfim, é uma das poucas franquias da comédia brasileira dos anos 2010 que, apesar de também ser surrealista, é uma história que poderia ter sido contada por sua tia Gilma sobre uma viagem que ela fez ao Jorrinho no ano retrasado. Não que eu não goste de uma idiotice sobre um fudido que ganhou na loteria ou uma crítica política muito, mas muito mal feita. É só que ver Os Farofeiros e pensar "meu Deus essa mulher é igualzinha à minha prima naquela nossa viagem pra Aracaju" desperta uma sensação de pertencimento que consegue unir um país de mais de duzentas milhões de pessoas, e eu acho isso lindo.
Os Farofeiros 2 é um remake meio estranho do segundo, com a mesma sinopse do primeiro filme. A única coisa nova que se destaca é uma cena gravada num famoso parque em Aquiraz com umas menções ao axé baiano, que sempre são uma surpresa positiva. O outros dois pontos altos são compartilhados com o primeiro filme, que é a existência da Danielle Winits e da garota do comercial da Itaipava.
Uma coisa engraçada que só fui perceber depois é que o ator que faz o filho da Danielle Winits também contracena com o Marcos Mion em MMA, que é um filme que eu faço questão de nunca na minha vida ver.