
Me surpreendeu muito positivamente. Apesar de Woody Allen.
A Mia Farrow é ótima, e apesar de se passar no final dos anos 1920 (o que eu acho super apropriado, tanto por questões de estética quanto por exacerbar a distância entre o real e o fictício com os EUA da Grande Depressão), é algo que continua sendo muito atual — sobre o nosso relacionamento com o fictício, escapismo, enfim.
Gosto muito quando uma obra midiática reconhece o escapismo, é um tipo de meta-linguagem que minha cabecinha acha bizarramente fora de série.
Confesso que quando vi pensei que o final era bem... xoxo, por assim dizer. Não quero dizer que não gosto de finais desse tipo, mas me pareceu muito apressado, muito bruto, e se distancia muito desse mundo quase idealista que a gente observa ao longo do filme desde que Tom Baxter sai da tela — e não só nas interações com ele. Mas pensando no filme como um todo e na mensagem que ele passa, achei super apropriado. Fantástico.